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1.
Saúde Soc ; 21(3): 788-796, jul.-set. 2012.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-654498

ABSTRACT

Com a ajuda de Canguilhem - para quem "homem e meio, considerados separadamente, não podem ser normais" - empreendemos uma etnografia em um condomínio da cidade de São Paulo tendo como parâmetro a noção de normatividade, segundo a qual os organismos, em suas interações com as infidelidades do meio, elaboram normas de adaptação. Ao longo de seis meses, dialogamos com 16 moradores a respeito de suas atividades de vida diária e de suas maneiras de interpretar e enfrentar eventos considerados estressantes. Dada a estreita associação com as con¡dições de vida desses moradores, a abordagem mostrou-se adequada para apreender a multiplicidade de sensações apontadas pelos entrevistados. Para adequar a análise à ideia canguilheniana de que "vida é polaridade", traduzimos essas sensações em categorias "frustrantes" e "gratificantes" e as consideramos maneiras de engendrar modos de andar a vida. Assim, pudemos perceber que eventos considerados prazerosos ou dolorosos e referidos de modo difuso e não específico, podem desencadear desordens adaptativas muitas vezes interpretadas como estresse por aqueles que os vivenciam.


Subject(s)
Humans , Anthropology, Cultural , Social Conditions , Stress, Physiological , General Adaptation Syndrome
2.
Rev. saúde pública ; 46(1): 160-165, fev. 2012.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-611793

ABSTRACT

O artigo problematiza certos usos de métodos qualitativos no campo da saúde coletiva que se caracterizam pela ausência de referências teóricas e escamoteiam a racionalidade presente na sua exclusiva utilização como técnica. A proliferação e aceitação desses estudos possivelmente ocorrem pela força da racionalidade instrumental com que têm sido conduzidos. Freqüentemente vistos de maneira cuidadosa, os resultados nem sempre são secundados pela apresentação criteriosa do quadro teórico que fundamenta a interpretação. O uso de técnicas "validadas", os discursos construídos e as narrativas das ações dos "sujeitos" pesquisados não comprometem o pesquisador na relação, já que prescindem da contextualização histórico-espacial e do marco teórico-metodológico que imprimem sentido histórico e social aos estudos.


The present study problematizes certain uses of qualitative in the field of collective health methods, which are characterized by a lack of theoretical references and gloss over the rationality involved in their use as a technique exclusively. The proliferation and acceptance of such studies probably occur due to the strength of the instrumental rationality with which they have been conducted. Although frequently observed in a careful way, the results are not always supported by a careful presentation of the theoretical framework that underlies the interpretation. The use of "validated" techniques, the discourses constructed, and narratives of the actions of the "subjects" studied do not commit the researcher to the process of investigation, as they are separated from the historical-spatial contextualization and the theoretical-methodological landmark that imprint a historical and social sense to studies.


El artículo problematiza ciertos usos de métodos cualitativos en el campo de la salud colectiva que se caracterizan por la ausencia de referencias teóricas y que ocultan la racionalidad presente en su exclusiva utilización como técnica. La proliferación y aceptación de estos estudios posiblemente ocurren por la fuerza de la racionalidad instrumental con que han sido conducidos. Casi siempre presentados de manera cuidadosa, los resultados no siempre son apoyados por la presentación juiciosa del cuadro teórico que fundamenta la interpretación. El uso de técnicas "validadas", los discursos construidos y las narrativas de las acciones de los "sujetos" investigados no comprometen el investigador en la relación, ya que prescinden de la contextualización histórico-espacial y del marco teórico-metodológico que imprimen sentido histórico y social a los estudios.


Subject(s)
Humans , Biomedical Research/standards , Public Health , Qualitative Research , Research Design , Models, Theoretical , Periodicals as Topic , Sociology
3.
Rev. saúde pública ; 40(3): 528-536, jun. 2006.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-430437

ABSTRACT

A noção de comunidade utilizada pelos planejadores e prestadores de assistência à saúde é duplamente enganosa. De um lado, pressupõe uma aparente igualdade e ausência de conflitos entre pessoas de um mesmo grupo populacional. De outro lado, supõe uma certa possibilidade de intervenção dos serviços sobre comportamentos considerados indesejáveis, do ponto de vista do controle de doenças ou de promoção de saúde. Utilizada deste modo, acaba encobrindo a "natureza" social da população-alvo: os pobres e os desarranjos que a condição de pobreza acarreta. Para problematizar o eufemismo implícito nesta noção de comunidade, o objetivo do presente artigo foi apresentar a abordagem radicalmente relacional de Simmel para caracterizar a subordinação destes grupos populacionais às políticas e programas de atenção à saúde. Para esta finalidade, partiu-se da apropriação da noção sociológica de comunidade pelos serviços de saúde, a partir da clássica formulação de Tõennies e sua influência nos autores da Escola de Chicago.


Subject(s)
Social Planning , Health Status Disparities , Socioeconomic Factors , Health Promotion , Health Services
4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 8(1): 251-264, 2003. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-334608

ABSTRACT

Este artigo descreve a trajetória recente dos congressos de ciências sociais em saúde, a partir da conjuntura histórica de inserçäo das ciências humanas nos currículos das faculdades de medicina, até a fundaçäo da Associaçäo Brasileira de Pós-Graduaçäo em Saúde Coletiva (Abrasco). Para dar conta dessa descriçäo, tomamos como referência um eixo problematizador - a relaçäo indivíduo-sociedade - como questäo fundante näo só das ciências sociais como da saúde coletiva. Com esta perspectiva de fundo, retomamos o temário dos congressos como indicativos das questöes balizadoras da área e das tendências de explicaçöes, assinalando aquelas presentes em todos eles e as questöes emergentes. Nesta aproximaçäo, pensamos a constituiçäo da saúde coletiva como tenso campo compartilhado, näo só por "natureza" social e histórica, como pela possibilidade de refletir sobre as interfaces entre as diversas ciências que o compöem, e os congressos como momentos de interlocuçöes entre elas


Subject(s)
Congress , Social Sciences , Health
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